sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
DIAS CINZENTOS
Descortinados olhos turvos remelentos,
almeja a luz do sol, que droga, dia cinzento;
Carcaça dolorida, chicoteada, noite mau dormida,
tacteando pela casa, o banheiro, uma saída;
Senhor de si, ideias vem e vão, paralisado consciente,
de sua fraqueza de espírito, vencido combatente;
Inanimado corpo, cabisbaixo sai a rua,
caminhando contra o tempo, realidade nua e crua;
Admirável lutador, jamais se deu por vencido,
que nada, uma fraude, frágil criatura, anda perdido;
O temor, a desesperança, acomete-lhe a alma prisioneira,
mundo de sonhos e planos frustrados, intransponivel barreira;
Engraçado, vez em quando palavras de otimismo enche-lhe a fala,
palavras que outrora ouvira, sofre todo dia por não vivência-la;
Sua fé é frágil, vontade sem desejo, inconstante,
pudera, semeia em terra estéril, perca de tempo, morre a semente;
Seu silêncio, inquieta os que o ama, despreza, ignora,
não, ama em silêncio, debates inúteis ressuscita magoas de outrora;
Medíocre o pensamento, pobre o espírito, desprovida a morte, a vida, natural,
rico pobre, pobre rico, perceverança e otimismo, vida abundante, imortal.
Edvan Lopes
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